terça-feira, 7 de janeiro de 2025
Deputados dinistas ingressam na Justiça para cassar prefeito e vice de Colinas; Veja a AIJE
O deputado federal Márcio Jerry e o deputado estadual Othelino Neto, que comandam os partidos PC do B e Solidariedade no Maranhão, respectivamente, ingressaram na 29ª Zona Eleitoral, nesta terça-feira, 7, com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE – veja Aqui) com o objetivo de cassar os mandatos do prefeito e vice-prefeita eleitos do município de Colinas, Renato Santos e Valberlene Lopes, respectivamente, ambos do MDB, partido dirigido no Estado pelo empresário Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão (PSB).
O movimento acontece dois dias após o vice-governador Felipe Camarão (PT) aparecer em público ao lado de Marcus (reveja) e garantir, em seguida, que o seu campo político estaria pacificado para o pleito majoritário de 2026 (reveja).
Renato Santos venceu a eleição de outubro obtendo 63,48% dos votos válidos contra 36,52% de João Haroldo (PC do B), irmão de Jerry.
O comunista, aliado do ex-governador e hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, alegou, à época, descumprimento de acordo por parte da família Brandão no sentido de que fosse Haroldo o escolhido para suceder a prefeita Valmira Miranda (MDB).
A informação foi negada pelo grupo do governador.
A AIJE é assinada pelo escritório pertencente aos deputados estaduais Rodrigo Lago (PC do B) e Carlos Lula (PSB), outros dois parlamentares, assim como Márcio Jerry e Othelino Neto, pertencentes ao dinismo e que, hoje, fazem oposição ao Palácio dos Leões.
Na petição, os partidos alegam que o então candidato Renato Santos se serviu de “caixa dois” e a empresa que fez a filmagem, gravação e edição de todos os vídeos de sua campanha, cobrou apenas um vídeo por R$ 14 mil e deixou de faturar todo o resto do serviço da campanha.
Assim, segundo a Ação, teria sido sonegado da prestação de contas para a Justiça Eleitoral o valor de R$ 150 mil
“Logo depois da campanha, a mesma empresa que deixou de faturar para a candidatura do prefeito Renato Santos foi contratada por dispensa de licitação na Câmara Municipal e, dias depois, recebeu logo o seu pagamento. Além disso, dois meses depois, venceu por R$ 1,6 milhão uma licitação para Ata de Registro de Preços na Prefeitura de Colinas, que tinha sido aberta ainda durante a campanha. E três dias depois assinou um contrato com a Prefeitura de R$ 805 mil para fazer filmagens da gestão municipal”, diz um dos trechos da peça.
Foi solicitada também a suspensão do contrato da empresa com a Prefeitura e, ao final, pleiteado que sejam cassados os diplomas eleitorais e os mandatos eletivos do prefeito e da sua vice.
Via Glaucio Ericeira
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