Camarão confirma interesse do PT na Seduc e crava: “Eu e Brandão estamos pacificados e consensuados”
O vice-governador Felipe Camarão, em entrevista ao radialista Rogério Silva e ao Blog do Glaucio Ericeira, nesta manhã, na sede da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), em São Luís, confirmou informação já postada neste espaço revelando que o PT, seu partido, pretende indicar o substituto de Jandira Dias no comando da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Sobre a reforma administrativa que está sendo formatada pelo governador Carlos Brandão (PSB) – reveja e reveja – o vice-governador disse que cabe ao titular do Palácio dos Leões coordenar as articulações e diálogos e que o petismo se prepara para indicar um filiado para a pasta que já foi dirigida por ele.
“Conversei com o presidente Francimar anteontem e há uma disposição do partido de dialogar com o governador e de apresentar a ele um pleito para que o partido volte ao comando da Seduc. Isso não passa por mim, quero deixar isso muito claro. Não passa nem pela minha volta, nem por indicação minha. Eu sou vice-governador do Brandão e assim eu vou permanecer, ajudando ele nas missões que ele me determinar. Mas fui comunicado pelo partido de que o partido deseja, dentro dos seus quadros, indicar alguém para que volte ao comando da Seduc agora neste segundo biênio do governador”, disse.
Sobre a legenda abrir mão de espaços já conquistados no primeiro escalão do Governo – o petismo controla as Secretarias de Trabalho e Economia Solidária; Direitos Humanos; Representação Institucional em Brasília; e Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) – Camarão avaliou ser perfeitamente cabível este cenário como forma de liberar postos de comando que poderão ser negociados.
Ele citou, neste momento, políticos como o senador Weverton Rocha (PDT); o deputado federal licenciado e atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil); e o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).
“Acho que faz parte, sim [abrir mão de outras Secretarias]. O governador Brandão também precisa de espaços para abrigar outros aliados. Neste segundo biênio é uma parte diferente do Governo, é reta final do Governo, em que o Governo tem que buscar também projeção para 2026, onde teremos uma nova eleição. Então é importante que traga aliados como Juscelino, Weverton, Josimar. Isso vai ser decidido pelo governador Brandão”.
Sobre o processo de unidade no pleito da Famem, que terá como presidente o prefeito eleito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), aliado de primeira hora do Palácio dos Leões, Felipe Camarão teceu comentários, destacando também a consolidação da pacificação do seu campo político.
“Quero parabenizar prefeitos e prefeitas por este gesto maravilhoso que eles tiveram de unidade, de maturidade em torno do Maranhão. Isto representa muito. Representa a liderança do governador Brandão, mas sobretudo a independência e liderança dos próprios prefeitos, que tiveram esta visão de que unir é o melhor para o Maranhão”, disse.
“Foi um gesto de grandeza de tudo mundo. O Brandão liderando este processo; Roberto Costa, é claro, como cabeça da chapa; o Junior [prefeito de Peritoró]; a deputada Iracema e outros agentes que eu preciso registrar, tais como o Weverton, André Fufuca, Josimar, Juscelino e tanto outros líderes políticos que se uniram e conversaram com prefeitos e prefeitas apontando que o melhor para o estado do Maranhão neste momento é a união, é a gente permanecer trabalhando juntos. Quando a gente trabalha juntos, Prefeituras, Governo do Estado e Governo Federal, o resultado é bem melhor. E aí eu tive a participação de ajudar o governador Brandão neste diálogo e dizer para todos os prefeitos e prefeitas que a gente continua juntos agora e no futuro, o que vai ser melhor para o povo”, complementou.
“A pacificação [do grupo político] está se consolidando cada vez mais. Aqui, acolá, tem uma resistência, algum objetivo que ainda não esteja encaminhado, mas eu acho que com conversa, diálogo, a gente chega lá. Todos os dias a gente dialoga, conversa. Agora é um processo, porque ainda tem muitas mágoas de um lado e de outro. E o meu papel é ajudar o Brandão em busca deste consenso e unidade. O mais importante é que eu e o Brandão estamos pacificados; estamos consensuados. Temos a consciência de que somos apenas um time, um só grupo político e eu acho que é isso que tem que prevalecer”, finalizou.
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