segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Eliziane é cotada para Ministério de Lula



A senadora Eliziane Gama foi apontada por alguns veículos de comunicação, neste último fim de semana, como nome feminino e representante do público evangélico que pode vir a integrar o primeiro escalão do governo do presidente Lula (PT) a partir do ano que vem.

A maranhense, no fim do mês passado, lançou-se candidata a presidente do Senado em um gesto que não contou com a anuência do seu partido, o PSD – reveja.

2025 será o último ano de mandato da evangélica que mira no comando da Câmara Alta, mesmo possuindo chance quase zero de obter sucesso na empreitada, como forma de se cacifar e ganhar a robustez necessária para pleitear uma reeleição dentro do grupo do governador Carlos Brandão (PSB) – reveja.

De acordo com informações que circularam ontem, Lula estaria inclinado em nomear para um Ministério uma mulher, oriunda do segmento evangélico como forma de resolver duas questões: aproximar o governo dos evangélicos e, de quebra, fazer um aceno ao público feminino.

Trata-se de faixas do eleitorado nas quais a administração do PT sofre resistências e desgaste.

As conversas de ministros com os evangélicos não são de hoje, mas se intensificaram nos últimos meses.

No Planalto, auxiliares do petista dão como certo que ele fará uma reforma ministerial após as eleições para a presidência da Câmara e do Senado, marcadas para fevereiro de 2025.

Na lista dos nomes avaliados no Planalto para ocupar uma vaga no primeiro escalão estão o da parlamentar maranhense e o da deputada Benedita da Silva (PT-RJ).

A petista já foi ministra de Assistência e Promoção Social de 2003 a 2004, no primeiro mandato de Lula.

Um dos ministérios na mira dos evangélicos é o do Desenvolvimento Social, que abriga o programa Bolsa Família – vitrine do governo – e hoje está nas mãos do senador licenciado Wellington Dias (PT).

Apesar desta perspectiva, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), disse não ter qualquer compromisso com o Planalto. “O que existe hoje é um diálogo normal. Mas conversar só não adianta. O governo precisa mudar suas atitudes”, afirmou.

Para o deputado, resoluções sobre educação infantil e nota técnica sobre aborto legal, ainda que derrubadas, indicam haver áreas do governo que trabalham “desconectadas” com o desejo manifestado por Lula de se aproximar dos evangélicos.

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