segunda-feira, 7 de novembro de 2022

TSE rebate suspeita de fraude eleitoral citada em live de argentino

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) emitiu neste sábado (5) nota oficial para desmentir as informações divulgadas pelo canal argentino La Derecha Diário, que apontou possível fraude em urnas eletrônicas na disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição presidencial brasileira.

Em uma live, o argentino Fernando Cerimedo apresentou um suposto relatório com informações sobre a apuração, comparando as votações dos dois concorrentes e apontando um padrão pró-Lula nos equipamentos de versões mais antigas.

Em nota encaminhada ao jornal Estado de Minas, o TSE citou ao menos cinco auditorias realizadas nas urnas eletrônicas desde 2012, destacando os nomes das empresas responsáveis pelos procedimentos.

“Não é verdade que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização. Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018. Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021)”, diz o comunicado, que completa:

“As urnas eletrônicas modelo 2020 que ainda não estavam prontas no período de realização do TPS 2021 foram testadas pelo Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EP-USP), além de ter o conjunto de softwares avaliado também pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)”.

Segundo o TSE não foram encontradas fragilidades ou indícios de vulnerabilidade nas três avaliações. “O software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021. Por fim, ressalta-se que todas as urnas são auditadas e ela é um hardware, ou seja, é um aparelho. O que importa é o que roda dentro dela, ou seja, o programa, que ficou aberto por um ano para todas as entidades fiscalizadoras. O software da urna é único em todos os modelos, tendo sido divulgado, lacrado, e assinado”, concluiu.

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