segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Lula é eleito presidente pela 3ª vez
Lula vai governar o Brasil pela terceira vez(foto: Carl de Souza/AFP) |
Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, é o presidente eleito do Brasil. O petista venceu, neste domingo (30/10), o segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
Às 23h do domingo, com 99,99% das urnas apuradas, Lula somava 50,9% dos votos válidos, ante 49,1% de Bolsonaro. Não há, portanto, chance de mudança no resultado final.
Presidente da República entre 2003 e 2010, Lula, de 77 anos, vai cumprir, a partir de 1° de janeiro de 2023, o terceiro mandato como chefe do poder Executivo federal. O vice-presidente eleito é Geraldo Alckmin, filiado ao PSB e ex-governador de São Paulo.
Lula venceu a eleição menos de três anos após deixar a prisão. Entre abril de 2018 e novembro de 2019, ele ficou detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR), acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava-Jato.
A soltura do petista ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a prisão de condenados em segunda instância. No ano passado, a Suprema Corte anulou as condenações de Lula por entender que o ex-Juiz Sergio Moro, responsável por decidir os rumos do caso, atuou de forma parcial. Houve a avaliação, ainda, de que ao serem julgados em Curitiba, os casos não tramitaram na jurisdição certa.
A coalizão liderada por PT e PSB uniu, da esquerda à centro-direita, outros oito partidos. Além de petistas e socialistas, a coligação de Lula, batizada "Brasil da Esperança", teve as participações de PCdoB, PV, Psol, Rede Sustentabilidade, Agir, Avante, Solidariedade e Pros.
No segundo turno, Lula conseguiu mais adesões à frente que o apoiou. Terceira colocada na primeira votação, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) engrossou o bloco a favor da candidatura do PT, a exemplo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Economistas ligados ao Plano Real, responsável pela instituição da moeda nacional, como Armínio Fraga, também declararam voto no vencedor do pleito.
Em Minas Gerais, Lula teve o apoio de lideranças do PSD, como o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, e o senador Alexandre Silveira. O atual prefeito da capital, Fuad Noman, outro integrante do PSD, também defendeu publicamente o vitorioso. O deputado federal mineiro André Janones (Avante) abriu mão de sua candidatura ao Planalto para apoiar Lula e teve papel importante ao utilizar as redes sociais para defender o aliado.
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