sábado, 4 de julho de 2020
Escola particular expulsa aluno após comentários racistas
Mais um caso de racismo foi registrado na capital maranhense e, desta vez, resultou na expulsão de um aluno do ensino médio de uma escola da rede particular de ensino. As mensagens vieram à tona nesta quinta-feira (02).
Nas mensagens, um estudante de uma escola particular de São Luís se refere a outra aluna com palavras racistas. Ao perceber a situação, amigos saíram em defesa da aluna em um grupo de aplicativo de mensagens instantâneas.
A princípio, a escola se manifestou por meio de nota dizendo que o jovem seria suspenso por três dias, o que causou revolta entre os alunos. Até uma campanha na internet foi montada com a hashtag #3diasnao, além de um abaixo-assinado. Devido à repercussão, a escola voltou atrás e decidiu, em conjunto com a família do adolescente, pela expulsão.
“Após analisar com muita responsabilidade a situação que envolve atitudes racistas produzidas por um de nossos alunos, decide [a escola], com a família do estudante, pela descontinuidade dele em nossa instituição de ensino. A princípio, determinamos o afastamento do aluno por três dias das atividades escolares, com o objetivo de melhor atender o ocorrido e percebemos a gravidade do fato”, diz nota da instituição de ensino.
Familiares do adolescente de 17 anos também emitiram uma nota pedindo desculpa e alegando que não compactuar com as atitudes dele. “Acreditamos que este momento agora deva ser de acompanhamento especializado para melhoria de problemas de ordem psicológica que já havia e que não estavam suficientemente claros para nós. Pedimos também um olhar cristão por este aluno, que ainda não tem a mente completamente formada e que os olhares distantes e impessoais das redes sociais são conseguem enxergar”, afirmou a família.
A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão, acompanha o caso. Segundo o presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil na OAB-MA, Erik Moraes, o racismo é um crime inafiançável, mas como envolve um adolescente, o caso deve levar em conta o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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