quinta-feira, 19 de março de 2020

COVID 19 E H1N1 | MP realiza reunião com laboratórios privados para tratar de custo de Painel Viral


O Ministério Público do Maranhão realizou, na manhã desta quarta-feira, 18, no auditório das Promotorias de Justiça da Capital, uma reunião para tratar do Painel Viral para investigação de doenças respiratórias. Participaram do encontro representantes dos laboratórios privados de São Luís e do laboratório público (Lacen).

O objetivo da reunião foi discutir os fluxos de atendimento e testagem de pacientes quanto ao coronavírus e H1N1 e o custo financeiro dos exames. “A ANS incluiu no plano de saúde apenas o Covid. O painel viral não está coberto por nenhum plano de saúde. Por isso, precisamos verificar a necessidade das prescrições e discutir os preços cobrados pelo Painel Viral, que variam R$ 470 a R$ 2.400, explicou a titular da 19ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa da Saúde de São Luís, Maria da Glória Mafra Silva

O Painel Viral é um exame de detecção de 21 patógenos respiratórios realizado com um único teste e uma única amostra, com diagnóstico rápido e sensível, principalmente se comparado a outras metodologias. São vários tipos de Painel Viral, com detecção de 3, 21 e mais de 40 vírus.

Também foi abordado na reunião o protocolo de notificação dos casos, que deve incluir os pacientes com suspeita das doenças.

Foi informado na reunião que o único laboratório que vai fazer os testes para detecção do Covid 19 é o Lacen, assim que o Ministério da Saúde enviar os kits de coleta. Por enquanto, os exames são coletados aqui e mandados para fora do Estado. Nenhum laboratório privado no Estado tem kits de coleta para realização do teste do Covid 19. Em relação ao H1N1, alguns laboratórios privados estão realizando a detecção do vírus por meio do Painel Viral, com investigação de três vírus ou o estendido com 21.

TAMIFLU

A promotora de justiça informou que o MPMA já atuou junto ao Ministério da Saúde para que os hospitais públicos e privados do Estado sejam abastecidos com o Tamiflu, que é o medicamento indicado para o tratamento do H1N1 e que é preciso cautela por parte da população. “É necessário que não haja histeria, porque senão as estruturas de saúde não vão suportar. É importante a prevenção, as condutas técnicas adequadas e que Gestão, MP e comunidade façam sua parte”, enfatizou Gloria Mafra.

Por fim, Glória Mafra reforçou aos presentes os cuidados nos procedimentos de desinfecção de ambientes, insumos e equipamentos, bem como para a necessidade do correto uso e descarte de equipamentos de proteção individual (EPIs).

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