segunda-feira, 26 de junho de 2017
Sem saber ainda o que é ser senador, Rocha quer se arriscar ao governo
Em entrevista a uma rádio de Balsas, o senador Roberto Rocha (PSB-MA), que em 2014 foi eleito escorado na campanha vitoriosa que tornou Flávio Dino (PCdoB) governador do Maranhão, admitiu pela primeira vez que será candidato ao governo em 2018. Rocha, que atualmente faz uma obsessiva e cega oposição a Dino, vai arriscar uma candidatura ao governo do Estado sem ter realizado uma de suas primeiras promessas como senador eleito: mostrar ao povo do Maranhão para que de fato serve um senador da República.
No final de 2014, logo após as eleições, Roberto Rocha afirmou ao jornal O Imparcial, que iria “mostrar aos maranhenses para que serve um senador”, já que, na época, ele era visto como o o primeiro senador de oposição ao grupo Sarney eleito após mais de trinta anos de hegemonia da oligarquia na bancada maranhense do Senado.
A fala de Rocha acabou virando motivo de piada na Internet e nos meios políticos. Em mais de dois anos de mandato, ele vem tendo um pífio desempenho como parlamentar, e a atuação débil de Rocha como senador pelo Maranhão acabou se refletindo em baixos índices de aceitação, confirmados nas pesquisas Escutec e Exata divulgadas na última quarta-feira (21).
Apesar de conterem números conflitantes, as duas projeções apontam que Rocha teria entre 1% e 6,6% das intenções de votos entre os maranhenses, números considerados vergonhosos para um senador.
Com o apoio de Flávio Dino, Roberto Rocha caiu de paraquedas no Senado Federal, mas é pouco provável que ele tenha a mesma sorte na disputa pelo governo do Estado.
Além da sua fraca atuação como senador, pesa ainda contra Roberto Rocha sua aproximação com o clã Sarney nos últimos tempos. Eleito como senador de oposição, Rocha agora acena para membros da oligarquia retomando a aliança que fez do seu pai, Luiz Rocha, governador do Estado na década de 1980, alçado ao cargo pelo grupo Sarney.
Roberto Rocha vai ter que suar a camisa para derrotar o amplo favoritismo da gestão Dino, que tem mais de 50% de aprovação popular. Enquanto isso, os maranhenses – e pelo visto o próprio Roberto Rocha -, seguem a se perguntar para que da fato serve um senador pelo Maranhão.
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