domingo, 18 de dezembro de 2016

Cubanos chegam ao Maranhão para substituir colegas que atuam no programa Mais Médicos



Um grupo de 212 médicos cubanos embarcou, na tarde desta quinta-feira (15), na Base Aérea de Brasília, em três aviões da Força Aérea Brasileira, com destino aos estados do Ceará, Maranhão e Paraíba, onde irão trabalhar em diversos municípios pelo programa Mais Médicos. Esses profissionais substituem parte dos colegas que encerram sua atuação no programa, num total de 1.380 profissionais.

Segundo o Ministério da Saúde, até o fim de dezembro estas vagas serão repostas, atendendo a 1.040 cidades. O secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Rogério Abdalla elogiou os médicos que compõem o programa e sua participação no incremento da saúde no país.

“Estive viajando pelo Piauí, Alagoas, pelo Brasil afora. A gente passa a compreender a importância desses médicos lá na ponta. Nas cidades que não têm os recursos dos grandes centros, você vê a importância desses profissionais, que são bons, são humanistas. Estamos muito bem servidos”. O secretário foi à Base Aérea saudar os médicos e desejar-lhes um bom trabalho antes da viagem.

A médica Maria Nela Aguero, 33 anos, uma das que aguardavam a hora do voo na Base Aérea de Brasília, disse achar o programa Mais Médicos “muito interessante e benéfico a toda a população pobre. Nós temos a maior vontade de oferecer saúde e amor para a população brasileira”. É a primeira vez que vem ao Brasil e atenderá no município de Coelho Neto, no Maranhão.

Já o Dr. Duviel Rosario, 32, que atenderá em um distrito indígena, também no Maranhão, disse que iria trabalhar “com muito gosto, amor e toda a vontade de oferecer ajuda a todos que não têm acesso à saúde. Vou trabalhar com todo o profissionalismo que caracterizam os médicos cubanos”, disse antes de embarcar no avião Hércules que o levaria a São Luis.

A previsão é que nos próximos três meses cerca de cinco mil médicos encerrem as atividades no programa. De acordo com o secretário Abdalla, cerca de mil médicos por mês chegarão ao país para substituir os que saem.


A expectativa do governo é reduzir nos próximos três anos o número de profissionais cubanos, vindos através de convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Atualmente, são 11,4 mil profissionais que trabalham por convênio e o governo pretende manter apenas 7,4 mil médicos cubanos ao final desse período. O objetivo é estimular a participação de um número maior de médicos brasileiros, que ocupariam essa diferença de quatro mil vagas.

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