quinta-feira, 7 de julho de 2016
PF realiza Operação “Caça-fantasmas”
DO G1
Policiais federais estão nas ruas desde a manhã desta quinta-feira (7) para cumprir mandados judiciais referentes à 32ª fase da Operação Lava Jato em São Paulo, Santos e São Bernardo do Campo.
Foram expedidos 17 ordens judiciais, sendo sete conduções coercitivas, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 10 mandados de busca e apreensão.
A ação foi batizada de “Caça-fantasmas”, é um desdobramento da 22ª fase, batizada de triplo X, e investiga crimes contra o sistema financeiro nacional, lavagem de ativos e organização criminosa transnacional.
Conforme a PF, a atual fase identificou que uma instituição financeira panamenha atuaria no Brasil, sem autorização do Banco Central com o objetivo de abrir e movimentar contas em território nacional e, assim, viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional.
Um dos mandados de condução é contra Edson Paulo Fanton, que é representante do banco panamenho que atuava no Brasil. Ele está sendo ouvido em Santos.
Há elementos, ainda segundo a PF, de que o banco, ao funcionar como uma verdadeira agência de private banking no Brasil, tinha como produto, também, a comercialização de empresas offshore, que eram registradas pela Mossak Fonseca, empresa que já foi alvo da 22ª etapa.
Os serviços disponibilizados pela instituição financeira investigada e pelo escritório Mossak Fonseca foram utilizados por pessoas e empresas ligadas a investigados na operação Lava Jato. Segundo a PF, com isso foi possível concluir que recursos retirados irregularmente da Petrobras possam ter transitado pela instituição financeira investigada.
O nome Caça-fantasmas “remete, dentre outros aspectos, a um dos objetivos principais da investigação que foca na apuração de verdadeira extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossak Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta”, destacou a PF.
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