quarta-feira, 22 de junho de 2016

MP-MA suspeita que TCE omitiu informações sobre Thiago Maranhão


Thiago Maranhão era 'funcionário fantasma' do Tribunal de Contas do MA.
Diário Oficial do Estado mostra que médico foi nomeado em 2003.



O Ministério Público do Maranhão descobriu indícios de que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) pode ter omitido informações sobre os salários recebidos pelo médico Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso, filho do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA).


O Ministério Público do Maranhão descobriu indícios de que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) pode ter omitido informações sobre os salários recebidos pelo médico Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso, filho do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA)

O levantamento feito pela Promotoria da Improbidade Administrativa mostra que Thiago Maranhão foi nomeado em 2003 e não em 2013 como o tribunal de contas havia informado anteriormente ao Ministério Público. As novas provas contra o filho de Waldir Maranhão estão no Diário Oficial do dia 21 de fevereiro de 2003.


O TCE informou ao ministério público que Thiago Maranhão era servidor apenas de 2013 até maio deste ano, quando foi exonerado. Agora, a promotoria busca saber qual o valor que o médico recebeu, de fato, indevidamente, durante os 13 anos que ficou no cargo comissionado do tribunal sem exercer a função.



O levantamento feito pela Promotoria da Improbidade Administrativa mostra que Thiago Maranhão(foto) foi nomeado em 2003 e não em 2013 como o tribunal de contas havia informado anteriormente ao Ministério Público

“As informações que nos foram enviadas, que constam nos autos para gente, não são correspondentes as que constam no Diário Oficial do Estado do Maranhão. A gente prossegue com nossa linha de investigação como temos feito: apurar não só este caso, mas outros casos” afirmou o promotor Zanony Passos.

O médico Thiago Maranhão, que recebia salário de R$ 7,5 mil mais R$ 800 referentes ao auxílio alimentação do Tribunal de Contas do Maranhão, teve uma Toyota Hilux apreendida pela Justiça que havia decretado o bloqueio de bens no valor de R$ 235 mil – correspondente ao valor dos salários recebidos entre novembro de 2013 e maio de 2016, no TCE.



O promotor Zanoni Passos: “As informações que nos foram enviadas, que constam nos autos para gente, não são correspondentes as que constam no Diário Oficial do Estado do Maranhão. A gente prossegue com nossa linha de investigação como temos feito: apurar não só este caso, mas outros casos''

De 2011 a 2014 o filho de Waldir Maranhão foi médico residente no hospital de Ipanema, no Rio de Janeiro e desde 2015 é anestesista no Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.


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