domingo, 29 de maio de 2016
JUÍZES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ESTÃO SOB SUSPEITA DE TENTAR FREAR A OPERAÇÃO LAVA JATO
As últimas gravações divulgadas mostram um grande assédio dos políticos pela Corte Suprema, buscando formas de livrarem políticos das mãos de Moro.
O cenário político brasileiro continua vivendo episódios de grande perturbação. Os últimos áudios gravados mostram um grande assédio dos políticos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. As gravações que envolveram o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-presidente José Sarney e o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) mostram uma tentativa de planos com ministros do STF para frear a Operação Lava Jato, o que envolveria também a saída de Dilma Rousseff do cargo da presidência.
As gravações estão levando o Supremo para uma possível crise e dúvidas surgem sobre a blindagem da Corte diante das investidas dos políticos investigados pela Operação Lava Jato. Nas conversas entre Machado e Renan, o presidente do Senado comenta em negociar a transição com os ministros do Supremo e ressalta que os ministros não estão a fim de falar com Dilma, pois estão revoltados com ela.
Outra "escuta" que complica a situação da Corte é um diálogo entre Machado e Jucá. Machado, nas gravações, fala para Jucá que conversou com alguns ministros do STF e eles foram enfáticos em dizer que só teriam condições de fazer alguma coisa depois da imprensa se afastar, após desse momento de grande repercussão com a saída de Dilma. Um grande acordo nacional poderia ser feito com o Supremo, afirmou Machado.
Defesa da Corte
O ministro Luís Roberto Barroso afirmou em entrevista que ninguém pode influenciar o Supremo. Isso é algo impensável, disse o ministro. "Pedir audiência, todos têm acesso, mas intervir dificilmente acontece", essa é a regra geral do Supremo Tribunal Federal, terminou Barroso.
Sob suspeita
A professora de direito da UFRJ e coordenadora do Observatório de Justiça Brasileira, Margarida Lacombe Camargo, possui uma visão obscura sobre o fato. De acordo com a professora, os poderes Legislativo e Executivo estão sob suspeita, podendo ocorrer até o afastamento do cargo das pessoas envolvidas a qualquer momento. Segundo Lacombe Camargo, o povo se tornou refém do Judiciário, que tem a noção exata de todos os perigos que está correndo.
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