sexta-feira, 6 de maio de 2016
Casarões em São Luís ameaçam desabar, diz Defesa Civil
Casarões no Centro Histórico da capital apresentam riscos tanto para moradia, quanto para atividades comerciais
A falta de conservação dos casarões do Centro Histórico de São Luís tem gerado reclamação tanto para quem trabalha como para quem vive nesses imóveis. Segundo a Defesa Civil, pelo menos 29 casarões têm alto risco de desabamento.
Os prédios abandonados atrapalham a vida de muita gente como a do chaveiro Josimael Artênio, que reclama que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Maranhão (Iphan) não o permite que ele altere a estrutura do local onde trabalha. “Você não pode mexer nesses prédios. Eu trabalho ali e eu não posso mexer em nadinha que o Iphan não deixa”, reclamou.
Segundo Elitânia Barros, superintendente da Defesa Civil Municipal, retirar os moradores destes prédios e levá-los para áreas seguras é um desafio. Ela também recomenda aos comerciantes que façam a manutenção dos telhados, já que não podem mexer nas estruturas dos imóveis.
“O difícil é tirar esses ocupantes. Dentro do Centro Histórico nós temos alguns prédios que são comerciais e que nós damos orientação pra que eles façam a manutenção, pelo menos do telhado”, explicou.
A Defesa Civil informou que está realizando uma campanha de orientação no Centro Histórico durante e depois das chuvas para alertar as pessoas a como reconhecer os perigos destes lugares e, assim, reduzir o alto risco de morte e danos.
Para o comerciante Antônio Arthur, a falta de conservação do Centro Histórico afeta também o turismo na região. “O turista chega aqui e fica sem saber o porquê dessa situação. Porque todas as cidades do país onde têm tombamento você vê que é bem cuidado, é uma outra situação. Aqui não”, opinou.
O abandono, a falta de segurança e o descaso por parte dos órgãos competentes acabam contribuindo para a marginalidade nestes ambientes, é o que informa o empresário Júlio Simões. “O problema é cair na cabeça do povo, é gente se drogando, é o acúmulo de bandidos pra fazer assaltos aqui nesse Reviver. Tá abandonado, não vai ter segurança porque ninguém quer vi”, finalizou.
O Iphan ainda não se manifestou sobre o assunto.
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