sexta-feira, 14 de março de 2014
Roseana diz que vai deixar o MA um estado de primeiro mundo
Em entrevista na tarde desta quinta-feira
(13) ao programa Abrindo o Verbo (Mirante AM), apresentado pelo
radialista Geraldo Castro, a governadora Roseana Sarney deu outra
demonstração de que vive no mundo da fantasia. Com o cinismo que lhe é
peculiar, a filha do senador José Sarney voltou a afirmar que o Maranhão
é rico, progressista e que vai deixá-lo um estado de primeiro mundo. É
muito descaramento.
Separamos algumas das declarações fantasiosas de Roseana.
“O Maranhão está crescendo cada vez mais e eu volto a dizer, está ficando um estado mais rico“.
(Realmente, tem muita gente que se locupletou bastante e ficou rica
nesses últimos anos. Menos o Maranhão. Seu povo, na maioria, continua
miserável e desassistido).
“Eu acredito que estou fazendo um bom governo“. (Só ela e as pessoas que fazem parte do seu grupo acreditam. A população sofre na pele por tanto descaso e incompetência).
“Eu
tenho certeza que o Maranhão não vai mais ser chamado de estado pobre,
de tanto chamarem o Maranhão de pobre, que a oposição adora chamar, eu
acho que pegou“. (Não é a oposição que diz que o Maranhão é
um estado pobre, os indicadores comprovam isso. Ou será que
instituições de credibilidade como IBGE, Unicef, Ipea, FGV, ONU etc.
estão mentindo?).
“Nós somos um estado avançado, nós somos um estado progressista, eu vou deixar o Maranhão um estado de primeiro mundo.” (Infelizmente, ainda continuamos entre os últimos em tudo. Só no mundinho dela que estamos crescendo e avançando).
A realidade
A
verdade é outra. Bom lembrar que quando Roseana Sarney assumiu seu
quarto mandato de governadora do Maranhão em 2010, prometera fazer o
melhor governo de sua vida. De lá para cá, os maranhenses vivem os
piores dias de sua vida.
O Maranhão
não avançou satisfatoriamente nos indicadores sociais (ainda temos os
piores) e o povo não conseguiu sentir melhoras no seu dia a dia. O tal
badalado crescimento fica apenas nas promessas mirabolantes e
megalomaníacas de Roseana e sua trupe.
O
MA apresenta a menor expectativa de vida na média de homens e mulheres –
68,6 anos – de acordo com dados divulgados pelo IBGE. As três piores
cidades em renda per capita pertencem ao Maranhão, de acordo com o
recentemente divulgado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
– Marajá do Sena (R$ 96,25), Fernando Falcão (R$ 106,99) e Belágua (R$
107,14).
Da população de 6,5 milhões
de habitantes, 1,7 milhão de maranhenses está abaixo da linha de miséria
(ganham até R$ 70 por mês). Estima-se que 12,9% da população sobreviva
com até R$ 70 por mês. Das 217 cidades maranhenses, 72,8% têm um Índice
de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) considerado baixo ou muito
baixo, sem contar as altas taxas de mortalidade infantil.
O MA possui a segunda pior taxa de mortalidade infantil do
país, apenas atrás de Alagoas, com 29 crianças com menos de um ano
mortas para cada mil nascidas vivas. A média nacional é de 16,7 para
1000. O Maranhão tem 64% da população passando fome, 19% são
analfabetos, a mortalidade infantil afeta 39 bebês em cada 1000
nascimentos. Apenas 7,8% dos domicílios tem computador.
Das
100 cidades com pior IDH, 20 são do Maranhão. Das 100 cidades com
melhor IDH, nenhuma é do Maranhão. Em renda, o Maranhão fica em último
lugar, com índice de 0,612. O Maranhão apresenta também o menor índice
de desenvolvimento social, de acordo com o Indicador Social de
Desenvolvimento dos Municípios (ISDM), da FGV-SP. Possui a média mais
baixa, com ISDM de 3,35, numa escala que varia de 0 a 10.
O
estado do Maranhão, segundo dados do Ministério da Saúde, apresenta a
mais baixa proporção de médicos por mil habitantes no país,
correspondendo a um terço da média nacional. Enquanto a média nacional é
1,8 médico a cada mil habitantes, no Maranhão a proporção é 0,58. Na
área de saneamento básico, somos um dos estados com pior rede de
tratamento de esgotos do Brasil (relatório IBGE). Apenas 6,5% dos
municípios maranhenses têm rede de esgoto.
No
Maranhão, somente 45% dos jovens de 15 a 17 anos estão matriculados no
ensino médio, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad). Apenas 38% dos jovens de 19 anos que conseguiram
chegar a essa etapa de ensino no estado a concluíram e, entre eles, só
11,8% aprenderam o mínimo adequado em língua portuguesa, e 1,6% em
matemática.
O Maranhão tinha, em 2012,
a segunda maior taxa de analfabetismo de jovens e adultos, com 20,8% da
população de 15 anos ou mais sem saber ler e escrever.
De
2000 a 2010, a taxa de homicídios no Estado cresceu 273%, segundo o
economista Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea). Trata-se do segundo maior índice do Brasil, atrás da Bahia – o
Rio Grande do Sul está em 11º lugar. A taxa de homicídios na região
metropolitana de São Luís teve alta de 62% desde 2010, após Roseana
Sarney voltar ao poder no Maranhão. Os homicídios em São Luís e na
região metropolitana cresceram 460%. Foram 807 mortes em 2013. Segundo o
relatório do Ministério Público, de 2010 para 2013 o número de mortes
violentas, em particular de homicídios, na região metropolitana, quase
dobrou. Isso sem falar de outros pontos do Estado, onde também os
índices já são assustadores. Em 2010, na Ilha de São Luís, foram 535
mortes violentas. Em 2011, 655. Em 2012, 687 e em 2013, espantosamente,
subiram de 687 para 984.
Contribuiu
para a epidemia de violência o fato de o Maranhão ter a menor relação de
policiais por habitante no Brasil: 1 para cada 710 moradores, proporção
que em Brasília, a mais alta, é de 1 para 135 pessoas.
Apesar
do crescimento da economia, porém, o Maranhão segue com o segundo pior
PIB per capita e o segundo pior IDH regional do País .
O
colapso da segurança pública não vem sozinho. Está relacionado a outros
números, igualmente negativos. O Maranhão tem a MENOR TAXA DE
ENCARCERAMENTO DO BRASIL POR 100 MIL HABITANTES. É o que informa a
página 54 da 7ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, com dados de 2012.
São as marcas dos 48 anos de hegemonia política da família Sarney.
Infelizmente,
o Estado segue entre os mais pobres do País. O PIB per capita do
Maranhão só perde para o do Piauí. No ano passado, a revista britânica
“The Economist” comparou a taxa do Estado à do Reino de Tonga, pequena
ilha da Oceania. De acordo com o Altas do Desenvolvimento Humano no
Brasil 2013, mais da metade da riqueza do Maranhão concentra-se nas mãos
dos 10% mais ricos. Os dados, de 2010, apontam que 39% dos moradores do
Estado vivem na pobreza. E uma em cada cinco pessoas com 15 anos ou
mais não sabem ler e escrever.
O
Maranhão é o estado brasileiro com maior percentual de miseráveis, e o
único onde esse índice permanece em dois dígitos: 12,9%, quase quatro
vezes mais do que a média nacional, de 3,56%. Os dados revelam que o
estado governado por Roseana Sarney piorou de posição no ranking da
pobreza extrema na última década. Em 2002, o Piauí é que detinha o maior
percentual de miseráveis (22,5%), seguido por Alagoas (19,04%). O
Maranhão aparecia em terceiro lugar, com 18,97%.
Dos
15 municípios brasileiros com as menores rendas, segundo o IBGE, dez
estão no Maranhão. Apenas 6% da população estão em cursos de graduação,
mestrado e doutorado.
Muito diferente do que diz Roseana. Segundo ela, o Maranhão é uma maravilha.
A
realidade hoje é: falta emprego aos maranhenses (foram prometidos 245
mil novos empregos, mas foram gerados apenas 54 mil), escolas estão
sendo fechadas (mais recentemente em Lago da Pedra), não há professores
suficientes, os 72 hospitais prometidos não foram entregues (muitos não
funcionam a contento), pouco investimento em saneamento básico e as
estradas inauguradas já apresentam defeitos.
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
0 comentários:
Postar um comentário