quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Júnior Verde cria regras no transporte de caranguejo no MA
O superintendente Júnior Verde. |
Foi criada em julho do ano passado uma medida normativa, chamada de Instrução Normativa Nº 09 – a IN, que estabeleceu normas para que o caranguejo-uçá seja transportado adequadamente para reduzir a mortalidade nesta etapa. Assim, os consumidores vão poder obter no mercado mais espécies vivas, inteiras e sadias.
Com a nova legislação, a carga de caranguejo deverá ser transportada em caixas plásticas vazadas, forradas com espuma de acolchoamento embebidas com água doce. Quando for por meio de transporte aquaviário, a carga deverá ser colocadas em caixas plásticas vazadas, sacos, paneiros, côfos ou acomodações que garantam a sobrevivência das espécies.
Segundo Júnior Verde, superintendente de pesca e aquicultura do Maranhão, essa instrução normativa resolve um problema histórico de desperdício e mortalidade dos caranguejos devido ao transporte inadequado. O desperdício chega a quase 50% de perca da carga de caranguejo conforme estudos realizados pela Embrapa.”
De acordo com dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, antes a prática dos catadores era prender um caranguejo no outro para a venda ou entrega a distribuidores e comerciantes. A formação dos “amarrados” provocava um alto nível de estresse nos crustáceos, que ao se debaterem perdiam os apêndices e se tornavam agressivos. Assim, muitos deles acabavam mortos antes mesmo de serem comercializados. Além disso, os comerciantes empilhavam os caranguejos-uçá amarrados em caminhões abertos e cobertos com lona, fixadas com cordas de nylon. Assim os caranguejos eram pressionados uns contra os outros pra reduzir o volume da carga, esmagando a maioria que ficava nas camadas inferiores.
“Com a nova legislação, o transporte dos caranguejos-uçá em caixas vazadas trará ganhos ambientais e sociais, evitando o desperdício e agregando valor ao produto”, garante Júnior Verde.
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