terça-feira, 6 de novembro de 2012
Arnaldo Tirone vive dias conturbados no Palmeiras
(Foto: Marcos Guerra / Globoesporte.com)
– É preciso ter força neste momento, e não vou deixar de trabalhar. Vamos tirar o Palmeiras dessa – bradou Tirone, em rápido contato com a reportagem.
O fim de semana passado sugere um futuro conturbado para o atual presidente. No sábado, ele passou a manhã na sede social do Palmeiras e foi abordado por conselheiros de diferentes correntes de oposição à atual administração. Todos fizeram cobranças duras, mas sem qualquer ameaça. Sem ação, Tirone apenas prometeu que continuaria trabalhando para tirar o time da zona de rebaixamento – e se colocou à disposição para uma possível reeleição. O discurso, claro, não convenceu.
No domingo, o presidente seguiu para Araraquara, onde o Palmeiras empatou em 2 a 2 com o Botafogo e ficou em situação ainda mais complicada. Horas antes do duelo, ele foi flagrado em uma lanchonete do distrito de Bueno de Andrada, próximo à cidade onde o clube mandou seu jogo, comendo coxinhas “douradas”. O salgado é típico do local, e Tirone quis experimentar a iguaria.
Mas até o salgado virou motivo de crítica. Para alguns mais exaltados, a atitude soou como falta de preocupação com a atual situação do time. Durante o jogo, ele ficou isolado em um camarote situado em uma das laterais do campo. Depois, deixou rapidamente o estádio sem falar com ninguém. A torcida já o ameaçava com gritos de “Tirone, vai tomar no c...” e “meu Palmeiras não precisa de você”. Em São Paulo, muros do Palestra Itália foram pichados com ameaças de morte.
Por telefone e mensagens de texto, o presidente recebeu ameaças do mesmo teor. Por isso, terá mais atenção dos seguranças do clube – ele já evitou uma viagem a Recife para “não dar trabalho aos guarda-costas”. Sabendo da situação de seu superior, o técnico Gilson Kleina pediu tranquilidade à torcida.
– Entendemos o sofrimento do torcedor, mas a violência não leva a nada, só pode levar a uma fatalidade. Todo mundo aqui é pai de família e precisa voltar para casa, assim como na torcida também precisam. Temos de entender que o futebol é um meio de vida, não um meio de morte – afirmou o técnico.
Pichação no muro da sede social do Verdão faz ameaça ao presidente (Foto: Felipe Zito/Globoesporte.com)
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